quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Reflexões sobre o ensino dos valores
Professor Evandro R. Guindani

O ser humano é um ser essencialmente valorativo: nós valoramos a realidade e as coisas, a partir de categorias dualistas: melhor/pior; bom/ruim; belo/feio; sucesso/fracasso; pessoa de sucesso e pessoa fracassada.
Quando nascemos nos deparamos com valores estabelecidos. O costume - proveniente da cultura em que nascemos e em que somos educados – já se encarregou de classificar a realidade a partir das categorias
Quando nascemos é como se do nada, nos encontrássemos na torcida de um jogo de futebol que já está no segundo tempo. Nós não escolhemos essa torcida, mas começamos, sem saber porque, a torcer pelo time, vestimos a camisa, e também sem saber, falamos mal do time adversário e dizemos que o nosso time é melhor. Nós não conhecemos e nem presenciamos o nascimento do time e da torcida que fazemos parte, apenas conheceremos por intermédio das pessoas adultas dessa torcida. Se um jogador do time adversário derruba um jogador do meu time, eu vou achar aquilo um absurdo, porem não assisti o primeiro tempo quando esse jogador do meu time agrediu com um soco o mesmo jogador. E essa atitude do jogador adversário foi uma reação bem menor em relação ao que ele sofreu.
Em resumo, quando nascemos e crescemos, a realidade, os valores, nos são apresentados como se sempre tivessem existido, como se fossem naturais. O costume é algo extremamente perigoso, porque ele naturaliza aquilo que não é natural. O costume é uma forma, muitas vezes acrítica e ingênua de se relacionar com a realidade... E aí os membros da torcida onde nascemos nos dizem: “Isso sempre foi assim... Isso é natural... A Vargem Bonita sempre foi assim... Isso ai não adianta, não muda mais".
Quem são os líderes dessa torcida que nascemos? Quem são nossos pais ideológicos? Quem nos fornece “oficialmente” os valores, as verdades? São as instituições e grupos: Igreja, Escola, Família, Mídia, Local de trabalho, amigos.
Estudos sobre a influência da mídia na formação de opinião das pessoas, nos apontam que todos os valores e ideias repassados, são assimilados, apreendidos e absorvidos no momento em que esses valores e ideias são comentados no grupo e legitimados por ele. Quando comentamos com o vizinho, com o colega de trabalho, aquilo que assistimos no jornal ou nas novelas, é neste momento que entra em ação o poder da cultura local. Se o meu vizinho ou amigo confirma, elogia a minha opinião sobre determinada noticia ou atitude de um personagem de novela, aí sim passo encarar a minha opinião como uma opinião verdadeira, ou com fundamento. A isso damos o nome de senso comum. Vamos pensando e agindo a partir das aprovações que recebemos no meio em que vivemos, pois todo mundo quer ser aceito e não rejeitado. Se você questionar ou pensar diferente, vai ouvir aquelas expressões que citamos acima: “Pra que pensar diferente, se todo mundo pensa assim?”
Exemplo desse fenômeno na família é o estimulo à competição, aparência e consumismo. Se um filho seu chega em casa dizendo: “Pai, mãe, meu colega disse que meu tênis é velho”. Se diante disso os pais compram um tênis novo só para o filho se sentir superior ao colega, eles estão estimulando a competição e o consumismo. Então é preciso educar para os valores de que o que conta é o ser e não a aparência. Claro que isso não pode ser um discurso isolado dos pais, mas também da escola.
Heiddeger na obra “O ser e o tempo” coloca duas formas de se viver e existir: Existência banal e autêntica. Banal: Não há diferença entre você e o costume do lugar onde você vive. Autêntica: Você com suas atitudes se diferencia do lugar onde vive, paga-se um preço, porem vive-se uma existência mais profunda, uma vida mais verdadeira com mais sentido.
Como viver uma existência autêntica? Como conseguir questionar e não naturalizar os costumes onde você vive? É preciso olhar a realidade de fora e de forma mais profunda, como? Por meio da reflexão crítica sobre o meio onde vivo, sobre o que penso e o que valorizo. E de que forma esses valores estão me distanciando de mim mesmo e do outro? Os valores que tenho me ajudam a ser um ser humano melhor?
A isso Gramsci deu o nome de práxis – uma pratica problematizada. Como se problematiza algo? Com o novo. Onde buscar o novo? Na teoria, nas experiências diferenciadas, em outras cidades, em outras culturas, em outras religiões, na opinião do outro. Por meio de que? Estudos acadêmicos ou não, filmes, literatura. Valorizar pessoas de cultura diferente, etc...
Questionar: Se eu vivi minha infância, juventude e vida adulta num determinado lugar, eu preciso perguntar: Que lugar é esse? Uma sociedade cristã/católica, ocidental/capitalista, com uma moral e forma de vida, fortemente centrada na tradição e no costume. Basta analisarmos o nível de escolaridade de nossos pais e avós, e veremos que o costume é a principal fonte de verdade...
A aprendizagem moral não se dá mais pelo reconhecimento da autoridade, mas sim pela experiência e pela vivência. O individuo é o centro, a vida e a experiência do conhecimento é o centro. As pessoas somente acreditam e apostam em algo quando fazem a experiência, quando aquilo que elas ouvem, fazem sentido para ela, tem um fundamento racional e emocional.
Os valores (amor, respeito, ética, solidariedade, compreensão) para serem ensinados necessitam, de uma vivencia interior, de uma evolução humana e ética. Essa vivência depende de duas atitudes simultâneas: tomada de consciência, que consiste na auto-crítica, acerca de nossa formação cultural e a humildade para nos colocarmos sempre em relação de igualdade com o outro. As palavras “humano” e “humildade”, provêm do radical latino: humus, que significa: terra. Portanto não é possível “ser humano”, sem “ser humilde”. Ter a consciência de nossa humanidade é termos consciência de que temos origem no “húmus” e estamos sempre com os pés no chão. Quem tira os pés do chão, para colocar os “saltos” do status, da aparência, da imagem, do poder, deixa de ser humano, porque tira os pés da terra, e consequentemente passa a olhar o outro como inferior. O maior e principal dos valores a ser aprendido é a humanidade. Neste valor estão ligados todos os outros: ética, respeito, compreensão...Sejamos simplesmente humanos!
Um fator que precisamos ter claro em cada projeto executado no âmbito educacional, que envolva pais, alunos e comunidade é o lugar onde acontece esse projeto. A educação para os valores precisa ser contextualizada a partir da realidade social, do meio em que vivem os alunos, e das diferentes classes sociais que esses alunos pertencem. Esse olhar é importante para não acharmos que determinados alunos, individualmente são mais educados do que outros. Todo o processo educativo está intimamente ligado às condições sócio econômicas da criança. Essas condições se traduzem em alimentação, condições de moradia como saneamento básico, água encanada, energia elétrica e acesso a bens culturais, bem como condições de renda e escolaridade dos pais. Para tanto, é preciso sempre estarmos atentos aos indicadores sociais desse espaço onde estão nossas crianças, para que o ensino dos valores leve em conta esses determinantes.
O município de Vargem Bonita - SC, por exemplo, de acordo com dados divulgados recentemente, em 2007 ocupava a quarta posição estadual no PIB per capita[1]. Por outro lado, de acordo com dados do PNUD[2], no ano 2000, Vagem Bonita contava com 28,77% de pobres dentro de seu universo populacional, ocupando a posição de número 164 no ranking estadual do IDH (Indice de Desenvolvimento Humano). Essa disparidade entre os indicadores, mesmo que tenham base em anos diferentes, nos trazem um alerta para levantarmos algumas questões que devem fundamentar qualquer proposta pedagógica: Qual o impacto da desigualdade de renda no espaço escolar?   Que sociedade queremos com os valores que ensinamos? Se a política é um instrumento de construção coletiva da sociedade, como transformar a “Política”[3] em um valor? 




[1] O PIB per capita é o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país) dividido pelo número de habitantes.
[2] Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
[3] Não seria necessário transformar a política, porém nosso município – assim como a grande maioria do país – confunde política com partidarismo e fanatismo ou politicagem. Aí sim é preciso desconstruir um costume, uma ideia sobre política, arraigada historicamente no município.  Política vai muito além de mera disputa de eleições. Política deve ser uma ação coletiva, que se dê a partir de uma intenção: o bem comum. Esse é o grande valor da Política: pensarmos o melhor para o lugar onde vivemos.

Palestra: "O Sentido da Vida"... "O valor da vida"

Evandro R. Guindani, professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina, de Joaçaba, foi o preletor da palestra "O Sentido da Vida", no primeiro momento trabalhado com os professores, voltado para o projeto pedagógico que o CEI estará desenvolvendo neste ano, dando ênfase à construção e ao resgate dos "Valores" na vida das pessoas. Com questionamentos como: "Para onde estou levando minha vida e qual o significado daquilo que faço?", "O que nos faz feliz?", "Quantas e quais são as pessoas que fazem parte da minha vida?", o professor Evandro provocou o grupo, levando à uma reflexão sobre a importância do papel do educador na vida da criança, e à percepção da necessidade de uma retomada de postura diante da sociedade. O assunto instigou os professores e a noite ficou marcada por uma troca de experiências e conhecimentos  muito importantes para a prática do dia - a - dia com as crianças, suas famílias e os colegas de trabalho.




Iniciando 2012...

 2012 começou no CEI "Primeiros Passos", com a realização de três encontros em período integral, com a equipe gestora e o grupo pedagógico, para planejamento e estudo do projeto a ser realizado durante o ano.
 
 Através da dinâmica "Portas que se abrem", os professores escreveram seus projetos, sonhos e desejos para o ano que estão iniciando.
 







A fonoaudióloga Schaiane F. L. Steiner conversou com a equipe sobre a importância da fonoaudiologia para a Educação Infantil, apresentando dicas interessantes para que os profissionais possam fazer intervenções corretas durante as falas das crianças em sala de aula.

A enfermeira Micheli Cristina de Oliveira, palestrou sobre as boas práticas de higiene e de cuidados com a saúde das crianças no CEI, trazendo informações valiosas para todos os funcionários: serventes, merendeiras, professores e monitoras. Michele destacou a importância da participação da família, em parceria com a escola, no cuidado com a saúde dos pequenos.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Projeto Pedagógico para 2012

VIVENCIANDO VALORES ATRAVÉS DAS
HISTÓRIAS INFANTIS

PERÍODO: Meses de fevereiro a dezembro/2012.

JUSTIFICATIVA: Educar! Tarefa das mais difíceis! Como se preparar na vida e para a vida? Todo ser humano tem suas crenças e com base nelas seus pensamentos e sentimentos, que culminam nas atitudes. Acredita-se numa sociedade mais humana e justa, sem preconceitos, em que os cidadãos atuem compromissados com o bem comum. A escola se tornaria vazia e ineficiente se omitisse de resgatar certos valores "adormecidos" na consciência humana. Por esse motivo, torna-se essencial refletir o mundo atual, fortalecer e renovar as "crenças", inserindo no processo educacional valores que possibilitem a formação integral de nossos alunos. Nesta perspectiva, o CEI “Primeiros Passos” opta por trabalhar valores mediados pelas histórias infantis, pois estas exercem uma influência benéfica na formação da personalidade e ao mesmo tempo formando serem mais humanizados com bons valores, virtudes, descobrindo assim a delícia de ser criança e um futuro adulto seguro de suas opiniões e atitudes. Através das histórias as crianças vão trabalhar certos conflitos, buscar soluções e procurar respostas para aquilo que não está bem. Enquanto diverte a criança, as histórias a esclarecem sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança. (BETTELHEIM, 1980.) As histórias infantis fazem parte do imaginário da criança, e devem fazer parte de seu cotidiano escolar. A atividade lúdica que esta oferece desenvolve na criança uma atitude positiva para com a aprendizagem, com a sala de aula, com a escola, pois contar, recontar e cantar é estimulante, apaixonante, envolvente e mobilizador. Boas histórias para crianças não são escritas à toa. Elas são repletas de simbologia, valores sociais ou humanos e de estruturas que fazem parte do nosso  inconsciente. O psicólogo Bruno Bettelheim (1980) afirma que a criança precisa descobrir sua identidade para compreender o mundo exterior e, para isso, as histórias infantis assumem um papel importante ao dirigirem-se a ela. Estas narrativas, através  dos  símbolos  e  encantamento,  estão  ligadas eternamente  aos  questionamentos  enfrentados  pelo  homem  ao  longo  do seu amadurecimento emocional e agem na mente, trabalhando os conflitos correspondentes a cada fase da vida.  O amadurecimento  da  mente  humana  acontece  aos  poucos.  Em pequenos passos, a criança vai  tomando conhecimento do mundo ao seu redor, sua beleza e os problemas que precisará enfrentar. As personagens têm um papel importante para a criança. É através delas que o pequeno leitor se envolve com a história: ele sofre, chora, solta risos e a felicidade emerge com a personagem. Essa identificação ocorre quando  a  criança possui  claramente  a  idéia do  caráter da personagem  e dos conflitos pelos quais ela passa: se a personagem é boa ou má, bela ou feia, se está feliz ou não, por exemplo. Esses sentimentos agem na mente infantil e provocam um desenvolvimento emocional ao revelarem imagens e ações que prendem a sua atenção. Depreende-se, então, o quão importantes são as histórias infantis para a formação integral da criança:  ela  precisa  de magia  aliada  à  realidade para dar contorno mais nítido a  sua existência e, assim,  sentir-se  segura para construir os valores e avançar em sua trajetória de vida.

OBJETIVOS: O professor, entendendo que o agente principal da escola é o aluno, deverá:
  • Compromissar-se com a filosofia de nosso CEI; 
  • Propiciar o desenvolvimento de virtudes indispensáveis à formação humana; 
  •  Intensificar o trabalho de valores, consciente do papel social da escola, de modo a oportunizar as reflexões e atitudes que visam ao bem-estar dos cidadãos e o fortalecimento da autonomia dos homens.

PROCEDIMENTOS:
  • Elaboração conjunta de regras para o convívio em sala de aula e na escola; 
  •  Trabalhos em grupo; 
  •  Recorte e colagem; 
  •  Vídeos; 
  • Músicas; 
  • Documentos históricos e pessoais; 
  • Fotos; 
  •  Maquetes; 
  •  Desenhos; 
  • Passeios; 
  • Cartazes e painéis; 
  •  Confecção de murais sobre valores trabalhados na turma; 
  •  Conversas informais, aproveitando acontecimentos do dia-a-dia;
  • Confecção de bonecos; 
  • Calendário; 
  • Dobraduras; 
  • Histórias infantis; 
  • Dramatização; 
  •  Fantoches; 
  • Selecionar canções coerentes com as temáticas trabalhadas; 
  • Organizar murais sobre os valores a serem abordados em cada mês;
  • Incentivar e proporcionar a leitura e a produção de textos com o valor em questão.
Cronograma:

Valores trabalhados no 1º semestre
Valores a trabalhar no  2º semestre
FEVEREIRO
AGOSTO
2ª quinzena – amizade
1ª quinzena – verdade
MARÇO
2ª quinzena – União
1ª quinzena – cooperação
SETEMBRO
2ª quinzena – respeito
1ª quinzena – Liberdade
ABRIL
2ª quinzena – Dedicação
1ª quinzena – responsabilidade
OUTUBRO
2ª quinzena – carinho
1ª quinzena – Alegria
MAIO
2ª quinzena – Partilha
1ª quinzena – amor
NOVEMBRO
2ª quinzena – bondade
1ª quinzena – Solidariedade
JUNHO
2ª quinzena – Paz
1ª quinzena – honestidade

2ª quinzena – justiça


Os valores a serem trabalhados deverão atravessar as áreas de conhecimento. O professor deverá estar atento aos melhores momentos para tratar deste assunto. Poderão ser ocasiões imprevistas – como uma notícia no jornal ou uma briga no recreio, que mobilizem os alunos – ou ocasiões criadas pela sensibilidade do professor.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES
  • Confeccionar crachás para as crianças, professoras e monitoras; 
  • Trabalhar com a história do nome da criança; 
  •  Pesquisar sobre a história de vida de cada criança (documentos pessoais, fotos, etc);
  • Confeccionar um (a) boneco (a) para cada turma, escolher um nome. Todos os alunos levarão para casa o novo (a) amiguinho (a) em dias alternados, registrando em um diário como foi seu dia com ele. Os pais terão participação fundamental, organizando atividades para que seu filho (a) possa estar desenvolvendo com o boneco; 
  •  "Recadinhos do Coração": montar painel com bilhetes elaborados pela turma para crianças que retornam às aulas após um período de faltas, ou que estiveram doentes, passaram por algum problema ou perda, onde os alunos possam expressar sentimentos espontâneos ou observações sobre as atitudes dos colegas, por meio da escrita ou do desenho... E a professora vai trabalhando e estimulando; 
  • Recreio com cores: A professora deve preparar cartões coloridos de acordo com o número de alunos. O mesmo número de cartões para cada cor e distribuir aleatoriamente entre as crianças. Depois propõe um recreio diferente, onde a criança passará o recreio com os (as) coleguinhas que receberem a mesma cor do seu cartão. É uma oportunidade da turma se conhecer melhor e compartilhar seu tempo com coleguinhas diferentes. Será um recreio colorido, diferente e, no retorno, a turma conversa sobre as experiências de cada grupo. A professora distribui os cartões e solicita que antes de saírem para brincar e lanchar, que se organizem nos grupos e conversem sobre a cor recebida (o que ela simboliza para cada um, o que existe nessa cor...). A reflexão após o recreio é de extrema importância para a construção de alguns valores; 
  • Leitura de textos informativos, contos, histórias infantis e fábulas envolvendo os valores trabalhados; 
  •  Confeccionar Dicionário dos Valores : Montar um livrinho registrando o valor e o significado dele encontrado no dicionário (de acordo com  entendimento da turma); 
  • Jogo das expressões: É um jogo da memória. A professora faz com a turma, cartas (que formam pares) com desenhos de expressões faciais — triste, alegre, bravo, assustado... A cada par formado, a criança lembra de um momento em que se sentiu como no desenho. Depois de unir todos os pares, cada aluno procura a expressão que melhor representa como ele se sente no momento. O jogo tem o objetivo de levar a criança a reconhecer os sentimentos e dar nome a eles.; 
  •  Montar um painel com premiação (uma estrela, um coração, etc) para as crianças que exercitam os valores aprendidos com as histórias e atividades desenvolvidas; 
  • Refletindo sobre sua atitude: Toda vez que uma criança machucar ou falar algo que deixe o colega magoado, a professora deverá conversar com os dois amigos juntos e fazer (com paciência e muita compreensão) com que os dois manifestem seus sentimentos, ajudando as crianças a definir com palavras os sentimentos que está tendo, por exemplo: Você está bravo com o que? Por que está sentindo isso? O que o colega te fez? Por que não gostou da atitude dele? Como podemos fazer agora? E, quando uma criança machucar a outra, levá-la junto para fazerem os primeiros socorros e prestar atendimento, para que perceba o que seu comportamento está gerando; 
  • Gavetas dos sentimentos: As crianças reconhecem o que sentem e manifestam emoções guardadas, que não puderam demonstrar em nenhuma ocasião. Elas guardam, simbolicamente, fora de si, fatos importantes e marcantes. A professora pode providenciar gavetas, ou caixas, cada uma com um sentimento (alegria, tristeza, saudade, medo, por exemplo). Deve partir da criança a iniciativa de desenhar ou escrever sobre fatos que provocaram esses sentimentos, caso tenham necessidade, e colocar seu trabalhinho na gaveta ou na caixa correspondente. Essas atividades podem ser planejadas intencionalmente, porém, respeitando sempre a intimidade da criança; 
  • Como estou me sentindo hoje? A professora confecciona uma ficha com o nome das crianças e anexa na parede. Depois confecciona também rostinhos com diferentes expressões: feliz, alegre, séria, com medo, triste, com raiva, etc. Diariamente os alunos colocam ao lado de seu nome o rostinho com a expressão de como estão se sentindo no momento, e a atividade possibilita também reflexões sobre como estavam se sentindo no dia anterior e falar sobre isso com a turma, se quiser; 
  •  Registrar semanalmente os erros, acertos e mudanças ocorridas; 
  • Avaliar semanalmente a evolução do projeto com as turmas, verificar se houve progressos, se não houve quais foram os motivos; 
  • Avaliação semanal do projeto pelos professores envolvidos, supervisão e orientação, tomando as medidas cabíveis para o sucesso do projeto.

AVALIAÇÃO: Partindo dos objetivos propostos neste projeto, pretende-se observar o desenvolvimento dos educandos, quanto à execução das tarefas, participação, interesse, criatividade, responsabilidade e capacidade de se relacionar com a realidade em que estão inseridos.

CULMINÂNCIA: Exposição de trabalhos e fotos do desenvolvimento do projeto no final do ano letivo.

BIBLIOGRAFIA:
Coleção Valores para a Vida – Enciclopédia Britânica do Brasil.
Coleção Sentimentos, de Janine Amos. Editora EKO.
Fábulas, Clássicos e Contos.
Aprendendo a ser e a conviver, de Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro. São Paulo, FTD.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos, A literatura infantil: visão histórica e crítica. 6 ed. São Paulo: Global Editora, 1985.

Educação se faz com amor!